Internet tipo NET?!

tiponet_v3Por Everton Rodrigues e Rafael etc

A Internet nasceu livre e aberta. Apesar de pagarmos aos provedores pelo acesso, não temos limite (além dos estabelecidos em lei) sobre o que fazemos ou sobre o conteúdo que acessamos. O que fazemos na rede é mediado pelas mesmas regras a que estamos sujeitos em nossas relações presenciais. No entanto, aqui no Brasil, a Internet como conhecemos até agora está sob ataque.

Empresas de telecomunicações (Oi, Vivo, Tim, Claro, Globo, NET, Telefônica!?), trabalham, por meio de lobistas que atuam no Congresso Nacional, para modificar o projeto de lei do Marco Civil da Internet (PL 2126/2011), elaborado com ampla participação da sociedade organizada.  Elas querem acabar com a neutralidade, que atualmente garante a liberdade de acesso a qualquer tipo conteúdo, e com a privacidade do usuário, o que permitiria que nossos dados pessoais sejam vendidos a terceiros.

Essas empresas querem que a nossa Internet seja tipo NET ou tipo Sky: anseiam que paguemos, não só pelo acesso, mas também, pelo tipo de conteúdo que queremos produzir ou acessar na web. Se isso acontecer, o que você poderá acessar, produzir e transmitir será limitado/filtrado pela empresa que fornece sua conexão. Por exemplo, poderemos assinar um plano que nos dará acesso mecanismos de busca e redes sociais, como o Google e o Facebook, mas não a serviços de transferência de arquivo peer to peer, como os torrents. Pagaríamos, dessa forma, um valor específico de acordo com o tipo de uso que queremos fazer da rede – da mesma forma que funcionam os pacotes de TV a cabo.

As mobilizações que vêm tomando as ruas e a Internet desde junho nos mostraram que as pessoas querem exercer seu direito de protestar. Uma quantidade enorme de pessoas foi atingida por essa onda graças à liberdade de acessar e transmitir informações por meio da Internet. Por isso, é de extrema importância que a nossa luta defenda a neutralidade e a privacidade na rede. Sem neutralidade, não poderemos acessar ou transmitir livremente qualquer conteúdo. Sem privacidade, seremos eternamente vigiados por entidades motivadas por interesses comerciais e políticos.

Eles poderão frustrar todas as redes e movimentos sociais que conseguem se articular melhor graças a Internet. Não vamos permitir que ela deixe de ser um território de livre circulação! Participe da “Intervenção: pelo Marco Civil da Internet, Já!”, na próxima segunda-feira (02/09).

Veja aqui o evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/524457530968209/?fref=ts

Curta a FanPage: https://www.facebook.com/pages/Marco-Civil-J%C3%A1/150153841849580

Leia também a entrevista de Sérgio Amadeu: http://www.redebrasilatual.com.br/revistas/86/a-liberdade-e-coletiva-4592.html

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