Mês: setembro 2014

Mais Cultura, Menos Polícia

Por um Centro de Arte de Rua na Praça Roosevelt

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Desde sua inauguração, na década de 60, a praça Roosevelt tem sido cenário de intensa efervescência artística, cultural e política. Localizada em um ponto estratégico da cidade foi, durante a ditadura, palco de encontros e resistência contra o autoritarismo, se constituindo como um símbolo da liberdade e luta política.

Recentemente, durante as jornadas de junho de 2013 essa vocação confirmou-se mais uma vez: a praça foi palco de momentos decisivos das manifestações, como o ato do dia 13 de junho, marcado por intensa violência policial que gerou um rastro de indignação e solidariedade, intensificando a presença nas ruas. A praça também tem sido palco para a denúncia de das prisões arbitrárias de manifestantes, recebendo como resposta mais repressão, com o sitiamento e novas prisões.

Em uma cidade tradicionalmente marcada pela valorização do privado, do individual, da exclusão e do cinza, a praça Roosevelt é um oásis no meio do concreto: um amplo espaço público ocupado permanentemente por uma pluralidade de atores e de usos. Além da vocação política e cultural, nela também se encontram pessoas de todos os cantos de SP para se socializar, se reunir, praticar skate e celebrar etc.

Porém, neste momento, esse caráter pode estar ameaçado. Há o anúncio da instalação de uma base da Polícia Militar. Essa proposta conta ainda com o apoio de parte dos moradores conservadores da região, organizados no chamado Polo Roosevelt, que entendem que o local é um quintal de suas casas e que a diversidade é uma ameaça, reivindicando inclusive o fechamento da praça com cercas, a retirada dos skatistas e a criminalização do uso do espaço público.

Além da Roosevelt já possuir uma base da GCM, a instalação da PM vem na esteira de uma série de acontecimentos que apontam para o embrutecimento da relação do Estado com a sociedade, com crescente cerceamento das liberdades civis.

Pensando nisso, todas as quintas, nós, dos coletivos Arrua e Advogados Ativistas, temos organizado os encontros “Quinta da Resistência na Roosevelt Livre”, com atividades culturais e políticas que buscam garantir que a praça continue sendo um espaço de promoção da convivência dos diferentes e da cidadania.

Em oposição a uma base da PM, propomos a destinação daquele prédio para um Centro de Arte de Rua, abrindo espaço para que coletivos da cidade façam experimentações, trocas e ações educativas.

Com produção permanente que dialogue com a cultura do skate, do grafite, do Hip Hop, do teatro, dos artistas de rua e das mais variadas formas de inserções e atuações no espaço público. No lugar do patrulhamento da vida defendemos a promoção e o apoio à cultura popular que pulsa cada vez mais nas ruas.

Acreditamos que a Prefeitura de SP deve abrir imediatamente o diálogo com a cidade para discutir conjuntamente com aqueles que têm a Roosevelt como referência qual será destinação deste espaço.

Queremos fazer da ROOSEVELT uma praça realmente LIVRE!

Queremos uma cidade que não confunda segurança com esvaziamento, que não trate limpeza como higienismo, que não entenda tranquilidade como silêncio, onde não impera o cinza, mas sim o colorido da arte e do encontro. Roossevelt Livre expressa uma cidade livre. A praça é do povo.

 

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#WikiPraçaSP no Largo do Arouche

Mais uma iniciativa de ocupação do espaço público na cidade de São Paulo, desta vez no Largo do Arouche.wiki-praca

O Wiki Praça SP é um projeto que pretende conectar pessoas e idéias no largo do Arouche de São Paulo e criar ambientes de encontro. A #Wikipraça criará um processo aberto, um protocolo de ações, ferramentas digitais e processos colaborativos para ocupar o território e reforçar as relações das diferentes comunidades do Largo do Arouche. A #Wikipraça levará as dinâmicas participativas do mundo digital ao território. O fluxo também será do território à Internet.

Organizado por diferentes atores, coletivos e movimentos de São Paulo, fruto de uma parceria entre a rede Futura Media e a Prefeitura de Sao Paulo. A Wikipraça é um processo aberto a participação de todos e todas, e já conta com alguns parceiros como o Lab.E, Cidades Emocionais, Ônibus Hacker, Casa da Lapa e Casa Rodante e Casa de Cultura Digital, entre outros.

O projeto incentivará a co-criação e ressignificação do território com encontros, mapeamentos, oficinas, intervenções artísticas, bate papos e aulas públicas, entre outras ações, no Largo do Arouche, em São Paulo. Usando ferramentas e processos colaborativos (digitais e analógicos), buscaremos conectar pessoas e idéias, para reforçar as relações das diferentes comunidades do território.

Saiba mais em: http://wikipraca.org/