Veja como foi o RL #32, que discutiu o projeto que institui a terceirização. O debate contou com a presença de Adriana Marcolino, técnica do Dieese, e Sérgio Godoy, professor da Fundação Santo André. Realizado em 16/04/2015.
Veja como foi o RL #32, que discutiu o projeto que institui a terceirização. O debate contou com a presença de Adriana Marcolino, técnica do Dieese, e Sérgio Godoy, professor da Fundação Santo André. Realizado em 16/04/2015.
Confira a vídeo reportagem sobre a primeira aula do Curso Livre de Direito à Cidade realizada na última quinta-feira, 09/04, com a professora Karina Leitão (FAU/USP). E aqui, você assiste a íntegra da aula.
Confira a grade do curso e participe das próximas, veja aqui.
Deslocar-se, em São Paulo, não é uma atividade trivial. É praticamente uma ciência. Exige um cálculo que envolve tempo, custos, desconforto, riscos (principalmente para as mulheres), e uma boa dose de imprevistos. Ainda assim, milhões de pessoas, todos os dias, enfrentam essa tarefa para trabalhar, estudar, ir ao médico, fazer compras, se divertir, visitar parentes e amigos, acessar serviços públicos, etc.
A elaboração do Plano Municipal de Mobilidade é um bom momento para refletir sobre como fazemos isso e como a circulação para a cidade pode ser melhor para todos, inclusive para redesenhar a cidade que queremos. (Aqui, uma análise nossa sobre alguns aspectos do plano). A Prefeitura realizou uma série de reuniões regionais e nas subprefeituras sobre o plano. Neste sábado, dia 11, acontece uma plenária temática para discutir o plano. Haverá os seguintes debates: idosos, meio ambiente e saúde, ciclistas, mobilidade a pé, estudantes secundaristas e universitários, juventude, movimentos sociais, sindicatos e ONGs. Além disso, há um questionário online que fica aberto até 17/4.
O coletivo Arrua participará no debate sobre juventude. Queremos que o plano reflita o anseio por um sistema de transporte que não sirva apenas para ir e voltar do trabalho, mas que garanta outros direitos, como cultura, lazer e convivência; que seja economicamente acessível, pois o valor da tarifa hoje dificulta ou impede a circulação para muitas pessoas; que promova a dignidade e combata a violência contra a mulher; e no qual a participação popular seja um pilar central, garantindo transparência e controle social do serviço.
Debates temáticos sobre o Plano de Mobilidade
Onde: Uninove Vergueiro- Rua Vergueiro, 235
Quando: Sábado, 11/4, às 9h
A partir das 19 horas, acompanhe AO VIVO aqui a transmissão da primeira aula do Curso Livre de Direito à Cidade com professora Karina Leitão da FAU/USP.
Nesta quinta-feira, 02 de abril, completa-se um ano que o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, pediu vistas da ação movida pela OAB que pede o fim do financiamento privado de campanhas eleitorais. De forma reiterada, o ministro já deixou pública sua opinião favorável ao financiamento privado, e utiliza-se de uma manobra regimental (irregular) para não levar a cabo a votação. No artigo abaixo, Jeferson Mariano, mostra a cronologia da votação e as irregularidades cometidas pelo ministro.
Nesta quinta, às 19h, acontece o Roosevelt Livre #30 – Festa de aniversário, 1 ano de #DevolveGilmar
Por Jeferson Mariano
Para mensurar as dimensões atingidas pelo significado da inação do Ministro Gilmar Mendes no julgamento da ação que pede o fim do financiamento empresarial de campanhas, é preciso reconstituir brevemente a trajetória desse julgamento.
Conforme a Resolução 278/2013, do STF, o prazo para a devolução do pedido de vista é de 10 dias, renováveis por mais 10. Há meses, o Ministro Gilmar Mendes comete, portanto, uma irregularidade. E essa irregularidade coloca em risco, por um lado, a aplicação da decisão do STF às eleições de 2016, tendo em vista a eventual aplicação ao caso do princípio da anualidade eleitoral; e, por outro lado, as próprias condições jurídicas para que a decisão possa ser tomada, já que a eventual aprovação da PEC 352/2013 (a ser votada em maio deste ano) modificaria os dispositivos constitucionais em que a decisão do STF se baseia, permitindo que se alegue a prejudicialidade da ADIn 4650 pela alteração superveniente do parâmetro constitucional que orientou o pedido.
Agindo de maneira concertada com políticos investigados pela Polícia Federal na Operação Lava Jato – cujo foco dizia respeito justamente à camuflagem de propinas por meio de doações empresarias a partidos políticos, nomeadamente o deputado Eduardo Cunha e o senador Renan Calheiros –, o Ministro Gilmar Mendes viola Resolução do próprio STF para garantir, antes de tudo, a conservação do financiamento empresarial de campanhas.
Ora, o Ministro Gilmar Mendes já integrou, por dois anos, o Tribunal Superior Eleitoral, chegando a o presidir; já manifestou ter conhecimento e opinião sobre a matéria, tanto na sessão do dia 12/12/13, em polêmica com o Ministro Dias Toffoli, como na sessão do dia 02/02/2014; e já deu, na imprensa, declarações que mostram o quanto já está amadurecida sua posição. A ele, não importa que o PGR tenha dado pareceres favoráveis à ação da OAB e que as audiências públicas também tenham sido favoráveis. A ele, não importa que a ADIn 4650 esteja tramitando em procedimento abreviado por ostentar inegável relevância social. A ele, não importa que o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, tenha lhe encaminhado pedido de prioridade para esse julgamento. Não importa a ele, sobretudo, que a maioria de seus pares já tenha proferido votos favoráveis a ação. Só lhe importa manter o financiamento privado.
O STF, na sua função de guardião da Constituição, está prestes a abolir o financiamento empresarial de campanhas eleitorais e de partidos políticos no Brasil. A maior parte dos onze Ministros já proferiu voto nesse sentido. Só há uma coisa que ainda impede que o STF dê esse passo histórico: uma manobra irregular operada por um de seus Ministros. Contrários ou favoráveis ao financiamento empresarial, todos somos obrigados a reconhecer que ele ainda existe apenas por uma irregularidade, por um prazo descumprido, porque o guardião da Constituição é incapaz de garantir a eficácia de suas próprias resoluções.
Jeferson Mariano é bacharel em Direito, doutorando em Ciência Política e ativista do Coletivo Arrua